terça-feira, 20 de outubro de 2009

Roberto Diamanso


Existem poetas de palavras e poetas de gestos. Roberto Diamanso é dos poucos que conseguem ser as duas coisas. Quando o conheci, fiquei impressionado com as alusões à colher que enche a boca dos famintos e a colher de pedreiro, que edifica casas. Além de ser bom pai natural (três filhos), adotou outros dez. Conviver com ele é uma lição de evangelho. Aí vai uma das suas pérolas:

Ar da Graça (Letra:Roberto Diamanso/ Música: Silvestre Kuhlmann)

A poesia há de vir
Enquanto a gente bota a mão
Na massa.
Enquanto a gente assa o pão,
Vem a inspiração.
Vem cá, irmão:
Vem que a canção vai dar
O ar da graça!

Graça suficiente que alegra a vida
E a gente mostra os dentes num sorriso.
Graça que se extravasa em nossas mãos
Se a gente enche a laje em mutirão
Quando é preciso;

Porque preciso é justo ao necessário,
Nem forte, nem fraco,
Nem retardatário,
Nem antes do tempo.

Movimento de acrobata, exato;
Se a vida é por um triz,
Entrego ao Deus atento.

Um comentário:

  1. Impossível conhecer o Diamanso e não se impressionar com ele, com sua simplicidade, sua seriedade, seu comprometimento.

    Grande homem de Deus esse cabra!

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