domingo, 24 de janeiro de 2010

Teus Atributos


Tudo o que se diz sobre Deus é aquém do que Ele, de fato, é. Por isso começo com "Tu és Mistério". Este verso faz eco à voz de Agostinho quando diz, em "Confissões": "Que posso fazer se alguém não compreende? Que exulte dizendo: Que mistério é este? Que exulte e prefira encontrar-te, não te compreendendo, a não te encontrar, compreendendo"

Teus Atributos
Letra e Música: Silvestre Kuhlmann

Tu és mistério,
És mar insondável,
Incompreensível,
Eterno, imutável,
És infinito, és trino,e és um.
Louvamos Tua grandeza.

És santo e puro,
És forte e sábio,
Tu és tão justo
E também és amor;
Incomparável
Em Teus atributos.
De Te louvar não me canso.

És o cordeiro,
És festa e perdão,
És pleno em graça
E em compaixão;
Tu és tão grande
E estás entre nós.
És poderoso e manso.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Onde Deus Está?


Letra:Márcio Cardoso
Música: Silvestre Kuhlmann

Quando te vimos poeta e trovador
Compondo caras canções
e bulindo nos sons?
Quando fazes metáforas,
rabiscas insights
Devolvendo sentido e cor
às palavras maltratadas?

Quando te ouvimos dizer beleza e verdades
Traduzir choro e riso, o belo e o trágico
Emprestar voz ao sem vez e verso aos que não tem
Onde te encontramos, Deus se olho nenhum te viu?

“Estou na poesia do amigo, nas entrelinhas e entre sons
Nos devaneios dos gênios e na alma dos mitos e histórias
Estou no vôo subversivo e calmo da utopia e dos artistas
Sou o rosto de todas as gentes e o gemido dos oprimidos”

Quando nos tocas e nos deixas sem fôlego
A um passo do abismo, a um salto para o infinito?
Quando nos fazes suspirar, umedecer nossas retinas
E os lábios agradecidos em louvor emudecem?

“Estou na poesia do amigo, nas entrelinhas e entre sons
Nos devaneios dos gênios e na alma dos mitos e histórias
Estou no vôo subversivo e calmo da utopia e dos artistas
Sou o rosto de todas as gentes e o gemido dos oprimidos”


Sou a voz dos que cantam
A voz dos que clamam
Voz dos que calam
Dos que cantam
Que clamam
Calam
(...)” (Dedicada ao Silvestre Kuhlmann) 12/01/09

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Márcio Cardoso


Conheci o Márcio Cardoso há muito tempo, em Curitiba (1997 ou 1998). Na época, eu fazia parte do grupo "Cantoria", com Raquel e Priscila Barreto, Cássia San Martin e Sonia Polonca. Após um almoço ficamos tocando as canções um para o outro, e como ouvinte, apenas o Gedeon. Nenhum de nós tínhamos gravado. O tempo passou, reencontrei o Márcio agora em Fortaleza, sua terra, casado, com filhos, com cd gravado. É amigo querido, e agora, parceiro. Posto aqui uma de suas belas composições.

Um nome de Deus

Este desejo em mim que não sossega
É grandeza e não tem nome;
Nasceu comigo, mas vem de muitas eras,
Atrás da linha do horizonte;
Companheira que é saudade,
Uma ausência que é presença,
Ah, desejo... meu suspiro e devoção.

Este desejo em mim que não me larga,
Fala muito qual silêncio,
Emudece os meus lábios feito a morte,
O hiato de quem vive,
Parte de mim que já se foi,
A metade que não vai,
Ah, desejo... meu fôlego e fé.

Meu desejo diz mais que palavras,
É o melhor da minha oração,
Já traduziu o que a letra matou,
No meu gemido o Pai discerniu,
Ah, desejo... um nome de Deus.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tempo de Agradecer


Letra: Silvestre Kuhlmann
Música: Silvestre Kuhlmann e Glauber Plaça

Por respirar, por viver,
Por conviver, partilhar;
Porque fizeste a mim todo o bem,
Pelo que ainda farás.

É tempo de agradecer,
É hora de Te adorar,
Não só porque tudo tens,
Mas por Tu seres quem és.

Se me tirares tudo o que tenho,
Livre estarei para a ti me achegar;
Nu, pobre e cego, falido e sem rumo,
Vaso vazio que transbordará.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Supremo Arquiteto


Esta canção é uma oração. Nela, quero me ajustar a três imagens. Alguém cheio em si mesmo que deve ser esvaziado; uma casa que deve ser destruída pra ser erguida novamente, com o "habite-se" de Deus, como diria Diamanso; um espelho sujo que reflete a única e verdadeira luz de forma distorcida, mas quer ser limpo pra refleti-la melhor.

Supremo Arquiteto
Letra e Música: Silvestre Kuhlmann

Esvazia-me de mim
Pra que caiba mais de Ti
Dentro em mim,
Até os limites.

Santifica-me
Pra que, como espelho limpo,
Eu reflita
O brilho que há em Ti.

Não tenho luz própria,
Mas só a que vem de Ti.
Não tenho nada a Te ofertar;
Vem, derruba a minha casa
Pra depois edificar
Um palácio onde venhas
Tu mesmo morar.

Sei que habitas num alto e santo lugar,
Mas também ao lado do contrito e abatido,
Ó Alto,
Ó Santo,
Ó Supremo Arquiteto,
Vem, derruba a minha casa
Pra depois edificar.