Este soneto foi feito em memória do pequeno Matheus, filho do pr. Getúlio e Rubenita, que faleceu aos três aninhos e meio. No velório, eu só conseguia abraçar a mãe, e nenhuma palavra de consolo me vinha à boca. O soneto tentou expressar o conforto e a segurança da ressurreição.
Soneto do Luto
Letra e Música: Silvestre Kuhlmann
Que eu possa transmitir em um abraço
O que falho em dizer em prosa e verso;
Em confusão e pranto estou imerso,
A morte no discurso atou um laço.
Que o choro me socorra do fracasso
E as lágrimas expressem o que sinto;
No corpo está a prova, eu não minto:
Opaco está o olhar e o brilho escasso.
Chorar com os que choram Cristo manda
E Ele fez-se humano e aqui desceu;
Por isto faço minha esta demanda.
Lembrando sempre que Ele padeceu
Mas ressurgiu e disse ao morto: “Anda!”
E anda ao lado d’Ele lá no céu.
Q lindo Silvestre. Me emocionou. Perdi um tio e meu avô nos últimos meses, e sei que hoje eles estão ressucitados com Cristo, andando com ele no céu! =_)
ResponderExcluirOlá, Raquel. Postei, no comecinho do blog, um poema do Wolô, feito após o falecimento prematuro do Rodrigo, que frequentava a mesma comunidade cristã que a gente. Interessante ver como a linguagem é diferente, mas afirma a mesma coisa: Não dá pra negar a dor que sentimos, mas a esperança da ressurreição traz verdadeiro consolo.
ResponderExcluirUm poema de Até breve...(A Rodrigo Monteiro de Oliveira)
Querido Rodrigo
Que me chamava de amigo
Que me chamava de irmão
Não sei bem o que digo
Nem sei se consigo
Dizer algo bom
É que assim tão triste
Ao saber que partiste
Fiquei sem noção
E as nossas risadas
Benditas, bem dadas
Estão fora do tom
E a dor que choramos
E assim suspiramos
Não tem solução
Mas se a trágica foice
Ousar dizer: - Foi-se
Diremos que não!
Nós todos amigo
Diremos Rodrigo!
Ressurreição!!!
Muito bonito o soneto. E o assunto é importante, já que a morte faz parte da vida. Legal mesmo.
ResponderExcluirE já que o assunto é luto (e esperança e consolo), peço licença de colocar mais duas letras nos comentários, uma bem antiga, outra mais recente. Já chorei muito com ambas.
Abraço.
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In Memorian
(do Paulo César pro Jairinho)
É... já não mais poderemos ficar juntos,
E orar e pedir ao Senhor que nos ponha no peito mais uma canção,
Uma canção
É... já não mais cantaremos até em Cristo,
Revelar-se entre nuvens a nos ajuntar,
Conclamanso os irmãos que de todo lugar
Depressa vem...
Sinceramente eu tenho saudades,
Dos dias que o Pai nos ofertou,
Nos quais andamos juntos lado a lado,
Lutando a mesma guerra do Senhor
Amigo que se foi, eu hoje sonho,
Mas sei que esta noite vai passar,
Pra sempre, sempre ser um dia lindo,
Que nunca poderá nos separar...
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No fechar dos olhos
Arlindo Lima
Quando o sol se põe sereno demoro a apreciar a cor
Se num eclipse foge o dia, choro por falta de calor
Do teu abraço amigo, do auxílio a prosseguir
E hoje aqui com sombra e frio, eu vim me despedir
Tuas palavras e teus gestos regeram vidas a cantar
Tua correção por certo, mostrou a trilha pra voltar
E apesar do tempo nada vai se apagar
Pois no fechar dos nossos olhos, tudo posso relembrar
E na presença do Senhor
Nos despedimos, mas com o penhor
De na presença do Senhor
Nos encontrarmos em ruas de ouro
Sem mais dor
Olá, Tuco. Obrigado pelo comentário e por contribuir com versos sobre o tema. Paulo César, Jairinho e Arlindo Lima: Três referências pra mim.
ResponderExcluirGrande abraço.
Olá Silvester, estou maravilhada com seus versos,são de uma beleza impar! Peço a Deus que continue a te inspirar para o meu deleite...
ResponderExcluirBelíssimos!!
ResponderExcluirObga de alento em forma de versos!!
Morte do Poeta
ResponderExcluirAo fechar meus olhos p’ra sempre,
E estas mãos para sempre parar;
E este corpo na terra em seu ventre,
Quais lembranças de mim vão restar?
Esta vida foi feita com lutas extremas,
Mas com um luto ela vai se encerrar.
Não terei mais os doces poemas,
P’ra minh’alma no além se alegrar...
Tive o amor benfazejo e as delícias,
Mas também meus invernos polares!
Inimigos d’alma e as doces carícias,
D’outros anjos, do céu, d’além mares...
Restará talvez breve lembrança,
Nesta Ode que a alma alcançar...
Talvez seja um alento ou bonança,
Para a alma em que ela tocar...
Só queria uma pedra epitáfio,
Com os versos de amor exaltar!
Deixo, porém para o tempo,
O dia e a hora chegar!
†