No livro "Cartas a Uma Senhora Americana" C.S.Lewis escreve: "Um dia desses, percebi o sentido alegórico do ato grandioso dela (Maria Madalena). O precioso frasco de alabastro que devemos quebrar sobre os Santos Pés é nosso coração. É mais fácil falar do que fazer. E o conteúdo só se transforma em perfume quando o frasco se quebra. Enquanto ainda está seguro lá dentro, parece mais com esgoto. Tudo muito assustador".
Lição de Madalena
Letra e Música: Silvestre Kuhlmann
O meu precioso frasco de alabastro
-Que devo quebrar aos Teus santos pés-
Só tem bons aromas, qual aloés,
Quando saem do seu sujo e escuro claustro.
É mais fácil falar do que fazer,
Este vaso é meu próprio coração,
Que seguro, lá dentro, em sua prisão,
Tem mau cheiro e Te causa desprazer.
Tornes sensível, frágil, quebrantável,
Este peito tão cheio de defeito,
Tão propenso ao desvio e ao corromper;
Faças dele à Tua mão ser maleável,
Conformado ao Teu molde e do Teu jeito.
Faças, antes, meu vaso se romper.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Soneto do Luto
Este soneto foi feito em memória do pequeno Matheus, filho do pr. Getúlio e Rubenita, que faleceu aos três aninhos e meio. No velório, eu só conseguia abraçar a mãe, e nenhuma palavra de consolo me vinha à boca. O soneto tentou expressar o conforto e a segurança da ressurreição.
Soneto do Luto
Letra e Música: Silvestre Kuhlmann
Que eu possa transmitir em um abraço
O que falho em dizer em prosa e verso;
Em confusão e pranto estou imerso,
A morte no discurso atou um laço.
Que o choro me socorra do fracasso
E as lágrimas expressem o que sinto;
No corpo está a prova, eu não minto:
Opaco está o olhar e o brilho escasso.
Chorar com os que choram Cristo manda
E Ele fez-se humano e aqui desceu;
Por isto faço minha esta demanda.
Lembrando sempre que Ele padeceu
Mas ressurgiu e disse ao morto: “Anda!”
E anda ao lado d’Ele lá no céu.
Soneto do Luto
Letra e Música: Silvestre Kuhlmann
Que eu possa transmitir em um abraço
O que falho em dizer em prosa e verso;
Em confusão e pranto estou imerso,
A morte no discurso atou um laço.
Que o choro me socorra do fracasso
E as lágrimas expressem o que sinto;
No corpo está a prova, eu não minto:
Opaco está o olhar e o brilho escasso.
Chorar com os que choram Cristo manda
E Ele fez-se humano e aqui desceu;
Por isto faço minha esta demanda.
Lembrando sempre que Ele padeceu
Mas ressurgiu e disse ao morto: “Anda!”
E anda ao lado d’Ele lá no céu.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Choro de Adão
Este soneto, também musicado por Jorge Ervolini, foi feito após a leitura de "O Paraíso Perdido", de John Milton. Interessante lembrar que o autor desta grande obra, toda em versos, era cego, assim como Homero.
Choro de Adão
Letra: Silvestre Kuhlmann
Música: Jorge Ervolini
Pior do que deixar o paraíso,
Lugar tão belo onde tenho vivido,
Foi Tua confiança ter traído;
Foi transformar em pranto Teu sorriso.
Talvez fosse melhor nem ter nascido,
E ter sido somente pó da terra,
Que propagar a dor, a morte, a guerra,
A todo o que por mim for concebido.
Senti prazer por tão breve momento.
O preço do pecado causa susto;
Será durável o meu sofrimento.
Padecerá por mim, um dia, o Justo;
Justiça será feita em seu tormento;
Só Ele poderá pagar o custo.
Choro de Adão
Letra: Silvestre Kuhlmann
Música: Jorge Ervolini
Pior do que deixar o paraíso,
Lugar tão belo onde tenho vivido,
Foi Tua confiança ter traído;
Foi transformar em pranto Teu sorriso.
Talvez fosse melhor nem ter nascido,
E ter sido somente pó da terra,
Que propagar a dor, a morte, a guerra,
A todo o que por mim for concebido.
Senti prazer por tão breve momento.
O preço do pecado causa susto;
Será durável o meu sofrimento.
Padecerá por mim, um dia, o Justo;
Justiça será feita em seu tormento;
Só Ele poderá pagar o custo.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Tenho Tudo
Também feito em 2007, este soneto foi musicado por Jorge Ervolini. Ele tem uma forte identidade musical, por isso, não me atrevo a gravá-lo. Se uma gravação acontecer, será à maneira dele, e isso muito me alegrará.
Letra: Silvestre Kuhlmann
Música: Jorge Ervolini
Tem coisas que machucam minha alma,
Pecados que me revolvem na lama,
Tormentos que me reviram na cama,
Pensamentos que me tiram a calma.
Tem um que ri com gosto e bate palma,
Este, em definitivo não me ama;
Armadilhas e teias sempre trama
Alimentando as mazelas e o trauma.
Mas tem um que por mim deu Sua vida.
Não me castiga com fúria devida,
Me chama amigo, e mostra seu carinho.
E diz: Quem deu a vida não dá tudo?
E dá-me paz, amor, perdão, escudo,
Proteção, alegria, pão e vinho.
Letra: Silvestre Kuhlmann
Música: Jorge Ervolini
Tem coisas que machucam minha alma,
Pecados que me revolvem na lama,
Tormentos que me reviram na cama,
Pensamentos que me tiram a calma.
Tem um que ri com gosto e bate palma,
Este, em definitivo não me ama;
Armadilhas e teias sempre trama
Alimentando as mazelas e o trauma.
Mas tem um que por mim deu Sua vida.
Não me castiga com fúria devida,
Me chama amigo, e mostra seu carinho.
E diz: Quem deu a vida não dá tudo?
E dá-me paz, amor, perdão, escudo,
Proteção, alegria, pão e vinho.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Soneto Obeso
Este é meu 2º soneto, feito no início de 2007, após uma viagem a Belém do Pará. Nem sempre se está feliz com o excesso de peso, mas como diz um personagem de Woody Allen no livro “Cuca Fundida”: “Quando você perde 10 quilos, pode estar perdendo os melhores 10 quilos de sua vida. Pode estar perdendo os 10 quilos que contém o seu gênio, a sua humanidade, o seu amor e honestidade ou, quem sabe, apenas um irrelevante pneumático na cintura.”
Soneto Obeso
Letra e Música: Slvestre Kuhlmann
Lá no Pará tem pato ao tucupi,
Doce de bacuri no Ver-o-Peso;
Quando fui me pesar, me vi obeso,
De iguarias do norte me entupi.
Duas vezes meu raio vezes pi,
É tão longo que o cinto fica teso;
Se eu tratar o regime com desprezo,
Nunca mais eu verei este pipi.
No Maranhão tem arroz de cuxá,
Em Maceió, sururu de capote,
E eu me esqueço do chuchu e do chá.
Deste jeito eu afundo qualquer bote;
Ta ficando difícil de agachar.
Mas se o doce é gostoso eu como um pote!
Soneto Obeso
Letra e Música: Slvestre Kuhlmann
Lá no Pará tem pato ao tucupi,
Doce de bacuri no Ver-o-Peso;
Quando fui me pesar, me vi obeso,
De iguarias do norte me entupi.
Duas vezes meu raio vezes pi,
É tão longo que o cinto fica teso;
Se eu tratar o regime com desprezo,
Nunca mais eu verei este pipi.
No Maranhão tem arroz de cuxá,
Em Maceió, sururu de capote,
E eu me esqueço do chuchu e do chá.
Deste jeito eu afundo qualquer bote;
Ta ficando difícil de agachar.
Mas se o doce é gostoso eu como um pote!
Assinar:
Postagens (Atom)