Havia
um homem que se chamava Jó
Ele
morava na terra de Uz,
Ele
tinha galinha carijó, curió,
Ouro
em pó, tudo o que reluz.
Ele
era rico, tinha camelos,
Tinha
três filhas e sete filhos belos,
Mas o
mais importante: era bom e justo!
Só
fazia o certo, não media o custo.
Um dia
o “coisa ruim”, apresentou-se a Deus
Que
lhe perguntou: Onde você andava?
E ele
disse: pela Terra perambulava...
E Deus
falou: Você viu Jó? O melhor dos servos meus?
E o
“coisa ruim” lhe respondeu:
Ele te
ama por interesse
Riqueza
e gado e bens lhe deu
Você
lhe responde toda prece...
E o
“coisa ruim” pediu permissão
Pra
provar que Jó não lhe amava não
E Deus
lhe autorizou a tirar o que Jó tinha
E o
“coisa ruim” pensou: Ele vai sair da linha.
Vou
pegar Jó, sem dó, deixarei ele só.
E veio
um mensageiro dizendo:
Homens
maus e folgados
Mataram
o gado e os empregados
E veio
outro e disse: Caiu fogo do céu
Ovelhas
foram pro beleléu
Veio
mais um outro e contou:
Um
bando os camelos levou
Veio
mais um mensageiro ainda:
E
disse: um vento derrubou a casa linda
E os
filhos estavam dentro dela...
Jó
rasgou a roupa bela
Rapou
a cabeça, e prostrou-se no chão
E a
Deus elevou esta canção:
Nasci
sem nada / Morrerei sem nada,
O
Senhor bens me entregou / E os bens levou
Ouve meu
grito: Sejas bendito!